ORÍGEO 360 reuniu toda a cadeia do agronegócio em um encontro inédito que contou mais de 700 participantes, entre líderes, consultorias agrícolas e mais de 400 grandes agricultores do Cerrado.
Com temas que abordaram o antes, o durante e o depois da porteira, o evento que aconteceu em São Paulo nos dias 04 e 05 de setembro falou diretamente com os maiores produtores do cerrado brasileiro que juntos somam mais de 7 milhões de hectares de soja, milho e algodão. O ORÍGEO 360 contou com participações de gigantes da lavoura até a indústria, algumas delas inéditas no país
Os desafios do dia a dia, do plantio a colheita, planejamento da safra e a comercialização dos produtos fizeram parte dos debates, assim como condições climáticas, oscilação de custos de produção e preços de venda. Um dos temas que foi unanimidade entre os 10 líderes palestrantes foi o quanto o ESG é fundamental para a continuidade e sustentabilidade dos negócios nos tempos atuais. O evento também contou com um espaço dedicado a companhia onde a ORÍGEO pode apresentar a sua proposta de valor, materializada em seu portfólio completo: “Em um ambiente de variáveis incontroláveis, há incerteza e aumento da volatilidade. Ao mesmo tempo, temos excesso de soluções que não necessariamente conseguem atender às dores dos produtores, pois muitas vezes são fragmentadas. Mas temos um futuro de oportunidades à frente e precisamos estar preparados. A ORÍGEO nasceu dessa necessidade, sendo totalmente dedicada a oferecer soluções integradas e customizadas aos agricultores de grande porte”, disse o CEO da ORÍGEO, Roberto Marcon.
Melhoramento genético vegetal, proteção de cultivos, soluções tecnológicas e sustentabilidade foram alguns dos assuntos abordados no painel “Antes da Porteira” que destacou a importância dos segmentos da produção.
Para falar sobre os desafios dentro da fazenda foram convidados representantes das empresas UPL, CNH e GDM.
Ignacio Bartolomé, CEO da GDM Seeds, empresa de origem argentina, ressaltou a importância da ciência e da inovação para potencializar o mercado de oleaginosas. “A tecnologia pode acelerar a taxa de ganho genético, diminuindo o custo e o tempo para a semente ser lançada no mercado. Assim, mais óleo poderá ser produzido a partir dele. [Além disso,] As plantas serão mais tolerantes a estresse climático e poderão sequestrar mais carbono do que emitir.”
Diretor de Tecnologias Digitais e Inovação da CNH Industrial Latam, Gregory Riordan destacou cinco tópicos para a obtenção de ótimos resultados no campo: digitalização, automação, inovação colaborativa, uso de combustíveis alternativos e servitização – a estratégia de transformar produtos em serviços, adicionando valor por meio de serviços relacionados. “Não vamos vencer ou trazer a melhor solução para vocês de forma isolada: isso tudo é conectado, e é multidisciplinar. Temos de nos unir e trabalhar em equipe para vencer este jogo.”
A UPL, empresa de origem indiana e acionista da ORÍGEO, mostrou que o futuro planeta passa pela agricultura. “Ela é a ferramenta mais importante para combater as alterações climáticas. Com uma agricultura regenerativa sustentável, podemos realmente descarbonizar o mundo mais rapidamente”, afirmou Jai Shroff, chairman e CEO global do grupo.
Mike Frank, CEO da UPL Corporation, declarou que é necessário reimaginar a sustentabilidade na produção de alimentos – meta da companhia – por meio do uso de moléculas eficientes para potencializar os cultivos. “O Brasil está em primeiro lugar quando pensamos em inovação e é um dos países mais importantes em termos de biossoluções. Estamos trabalhando para trazer cada vez mais recursos para minimizar os problemas que desafiam os produtores.”
O painel “Depois da Porteira” destacou barter, energia e bens de consumo com o objetivo de conectar produtor e indústria e apontou os desafios que continuam na pós-produção.
Uma das grandes novidades propostas pelo ORÍGEO 360 é a integração entre todos os elos da cadeia e o painel “Depois da Porteira” cumpriu esse objetivo trazendo a visão do mercado consumidor para os agricultores presentes. Participaram representantes da BUNGE, Chevron, PepsiCo e Unilever.
Copresidente global de agribusiness da Bunge, Julio Garros indicou que a união que resultou na criação da ORÍGEO é o caminho para o Brasil descarbonizar sua agricultura. “As maiores empresas do mundo anunciaram que reduzir as emissões de dióxido de carbono é fundamental. As companhias têm de mudar suas fontes de energia, utilizando combustíveis renováveis.
Se você usa soja, já reduz 50% das emissões e o Brasil tem a capacidade de produzir a quantidade necessária, mas ainda temos o desafio de verificar e comprovar que a soja utilizada sequestrou carbono. A ORÍGEO é o caminho para ajudar os produtores nessa comprovação e a aderir isso”, refletiu.
Robert Coviello, chefe de sustentabilidade e assuntos governamentais da Bunge – também acionista da ORÍGEO –, descreveu que, atualmente, as indústrias agrícolas e de alimentos enfrentam um novo contexto global em que sustentabilidade e resultado andam lado a lado. “Nosso propósito é promover parcerias para um futuro melhor. Por meio da descarbonização, podemos crescer de modo mais sustentável.”
Na mesma linha, a norte-americana Chevron Renewable Energy Group apontou que o futuro da energia terá menos carbono. “A energia limpa e renovável é tema de extrema importância no cenário atual. Estamos colaborando com empresas, organizações e governos em iniciativas relacionadas”, comentou o presidente da empresa, Kevin Lucke.
Já Paulo Quirino, vice-presidente de operações da PepsiCo, abordou a importância das práticas sustentáveis para o futuro da agricultura. “A base dos nossos produtos é a agricultura. E para que pudéssemos sustentar essa cadeia agrícola para o futuro, estamos cada vez mais ligados às práticas ESG. 48% das nossas culturas oriundas são de fontes sustentáveis e queremos chegar a 100%”, disse. Para ele, “além de impactar o meio ambiente e a agricultura, é importante atuar nas comunidades, com ações voltadas para a cidadania corporativa” – as práticas de ESG e supply chain fazem parte desse sistema.
Em sua apresentação, Rodrigo Visentini, presidente da divisão de nutrição da Unilever, demonstrou que a companhia trabalha na implementação de métodos de agricultura regenerativa, como a rotação de culturas e o uso responsável de recursos naturais. “Por que a agricultura regenerativa? Precisamos recuperar o solo, aumentando a produtividade e também a lucratividade do agricultor”, finalizou.
O olhar da sustentabilidade e o conhecimento sobre o ESG aplicado ao negócio e presente no dia a dia da fazenda foi um dos grandes destaques do evento.
Os debates entre os líderes reforçaram a consciência de que o aumento da produtividade e da rentabilidade nos negócios é promissor frente ao olhar focado no ESG dentro das fazendas, visando as novas exigências do mercado consumidor e adequando-se a elas.
ORÍGEO 360 foi um evento completo, pensado em temas e interações que complementam a visão do produtor sobre o seu negócio e sobre a sua importância como elo forte na cadeia do agronegócio mundial.
“Tudo que estamos construindo, no modelo de atendimento, na oferta é para que vocês tenham tempo para falar sobre o futuro da agricultura e o futuro do planeta”. É com essa visão da ORÍGEO citada por Marcon que ORÍGEO 360 marca o início de um novo momento para o agronegócio brasileiro, onde passado, presente e futuro tem o mesmo peso nas decisões do dia a dia da fazenda e levarão os produtores, através da terra, a construírem um novo legado para o planeta.